Pouco conhecido da população, o linfoma, um tipo de câncer do sistema linfático, tem recebido destaque na mídia nos últimos anos. Doença que acometeu personalidades conhecidas, o linfoma dá sinais, entre eles o aparecimento de ínguas, e quanto mais cedo for diagnosticado, maiores as chances de cura.
Na próxima sexta-feira, dia 15/9, será celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas. A data foi criada para alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce da doença.
Segundo a hematologista Leila Pessoa de Melo, do Hemacore - Centro de Hematologia, o linfoma ocorre quando acontece uma transformação maligna das células que compõem o sistema linfático, que é responsável pela defesa do nosso organismo contra bactérias, vírus e fungos. “Essas células crescem de forma descontrolada causando aumento (massas ou tumorações) de órgãos que compõem o sistema linfático”, diz.
A doença é dividida em dois grandes grupos: Linfoma não-Hodgkin, que é mais frequente, com mais de 40 subtipos, subdividido em linfomas agressivos, de crescimento rápido, e linfomas indolentes, de crescimento lento. Já o Linfoma de Hodgkin ocorre geralmente entre 20 e 30 anos e após os 50 anos. Os sintomas do Linfoma não-Hodgkin e do Linfoma de Hodgkin são semelhantes e o diagnóstico é feito através de uma biópsia (retirada de um fragmento de tecido acometido). Outros exames como tomografia computadorizada e Pet-CT são realizados para avaliar a extensão da doença.
Sintomas - O primeiro sinal do linfoma geralmente é um aumento progressivo (na ausência de infecção) dos gânglios linfáticos, conhecidos como “ínguas”, principalmente nas regiões do pescoço, axila e virilha.
Outras ínguas internas no tórax e abdome também podem estar aumentadas e causar tosse seca, falta de ar e aumento do volume abdominal. Febre, sudorese excessiva, principalmente à noite, perda de peso (acima de 10% do peso em um período inferior a 6 meses) e coceira no corpo também podem ser sintomas relacionados ao linfoma.
Portanto, “se você apresenta alguns desses sintomas é importante procurar um hematologista para investigar”. O diagnóstico precoce é fundamental. “Quanto mais cedo se diagnostica o linfoma, maiores são as chances de cura que pode variar de 50% a 90%”, esclarece a médica.
Dependendo do tipo de linfoma e sua localização, alguns pacientes são tratados imediatamente e outros com diagnóstico de linfoma indolente, sem sintomas, podem ser observados sem indicação de tratamento inicial. “O tratamento é individualizado e baseado em imunoterapia, quimioterapia e radioterapia visando destruir as células cancerosas”, explica a Dra. Leila. O transplante de medula óssea também pode fazer parte do tratamento do linfoma.
Principais sintomas