O operador de máquinas Jonata dos Santos percebeu manchas roxas no corpo que, após três semanas, ainda não tinham sumido. Acabou procurando um médico por conta de cristais nos rins. Os exames acabaram identificando uma cólica renal e que ele também estava com leucemia.
O diagnóstico assustou o jovem que, na época, tinha 26 anos. As manchas no braço, na perna e nas costas não eram em decorrência de uma batida. Ele também se sentia cansado. O tratamento com quimioterapia acabou há 1 ano e hoje ele leva uma vida normal.
A leucemia é um tipo de câncer do sangue que pode ser dividido em dois grupos: leucemia crônica ou aguda. “A leucemia aguda é como se fosse aquela música da Ludmila, que já chega com tudo, já chega de uma forma agressiva, já querendo tomar conta do espaço inteiro. Ela não dá tempo, ela vem com sintomas, ela vem querendo dominar o seu corpo. Já a leucemia crônica vem mais devagarzinho, é aquela visita inconveniente. Você nem percebe que ela está chegando e quando vê ela está morando junto de você”, explica a hematologista Natália Teixeira Souza, da equipe do Hemacore – Centro de Hematologia.
Dados do Inca – Instituto Nacional de Câncer apontam que mais de 10 mil brasileiros serão diagnosticados com leucemia em 2022. A doença, que pode começar silenciosa, aos poucos apresenta sinais. Entre os principais sintomas estão:
“Se uma pessoa está tendo muita febre, está perdendo peso sem explicação, tem uma gripe que não sara, uma dor de garganta que não melhora, ínguas no pescoço, é importante procurar um médico e fazer exames. Quanto mais cedo a doença for identificada, maiores as chances de cura”, explica a Dra. Natália.
Segundo ela, a medicina tem disponível tratamentos cada vez mais eficientes para a leucemia. “Surgiram novas drogas, que chamamos de drogas inteligentes, que causam menos efeitos colaterais e proporcional uma maior chance de cura. Drogas que atingem exatamente a célula doente”, explica.
Jonata confessa que dificilmente fazia exames preventivos, mas agora a prioridade é sempre a saúde. “Hoje eu digo que é muito importante procurar um hospital, um especialista porque com a saúde não se brinca”, diz.
“A gente sabe dizer quando alguma coisa não está legal com a gente. E se não está legal, é preciso buscar alguém que saiba identificar o que está havendo. É importante que a pessoa reconheça que precisa de ajuda. Só deste modo conseguiremos fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento o quando antes”, orienta a Dra. Natália.
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