Saiba o que é mieloma múltiplo e quais são os principais sintomas desse tipo de câncer do sangue

Saiba o que é mieloma múltiplo e quais são os principais sintomas desse tipo de câncer do sangue

No dia 5 de setembro é celebrado o Dia Mundial do mieloma múltiplo. A data foi criada para orientar a população sobre esse tipo de câncer do sangue raro que afeta, principalmente, pessoas acima de 60 anos.

A hematologista Leila Pessoa de Melo, do Hemacore – Centro de Hematologia, explicou ao programa Vanguarda Comunidade quais são as principais características do mieloma e seus principais sinais e sintomas:

 

O que é mieloma?

É uma doença muito frequente no idoso. Também pode acometer pessoas de outras idades.  Já tive paciente de mieloma múltiplo com 30 anos, mas é mais comum em pacientes acima de 60, 70 anos. É uma doença de um tipo de célula da medula óssea que se chama plasmócito. Essas células são as grandes produtoras de anticorpos (responsáveis pela defesa contra invasores). No mieloma ocorre uma transformação maligna no DNA dessas células que começam a se proliferar. Ao invés de produzirem anticorpos para nos defenderem, começam a produzir uma proteína monoclonal que pode infiltrar os órgãos.

Quais são os principais sinais e sintomas do mieloma?

Os principais sinais e sintomas do mieloma múltiplo são o aparecimento de anemia, dores ósseas, fraturas patológicas, uma facilidade maior para ter infecções e insuficiência renal. As pessoas devem ficar atentas a esses sintomas, principalmente se tiverem acima de 60 anos, e procurar um hematologista para investigar. É muito comum o mieloma ser confundido com outras doenças. Quanto mais precoce for o diagnóstico, menores serão os impactos na qualidade de vida do paciente.

O tratamento do mieloma avançou muito?

Houve uma verdadeira revolução no tratamento do mieloma múltiplo. Aliás, na hematologia, nos últimos 10 anos, houve um grande avanço no tratamento de doenças como linfoma, leucemia e mieloma. A sobrevida dos pacientes com mieloma era de 3 anos. Hoje, passa de 10 anos e com uma excelente qualidade de vida. Atualmente, há um entendimento melhor da fisiopatologia da doença, sinais celulares, intracelulares. Houve um desenvolvimento de medicamentos-alvo, anticorpos monoclonais. O tratamento trouxe hoje uma qualidade de vida, uma sobrevida muito importante para esses pacientes.

Qual o papel da família no tratamento de uma pessoa com câncer?

O apoio da família é fundamental. Eu costumo falar para o paciente que o sucesso do tratamento é um tripé: o paciente e a família, a medicação e o médico. Então, o banquinho tem que ficar em pé e todo esse conjunto tem que estar muito bem alinhado para que o tratamento dê certo. Importante falar também que o diagnóstico de um câncer não é uma sentença de morte, pelo contrário. O tratamento avançou. Por isso que eu chamo tanto a atenção para quando o paciente não se sente bem, quando algo não vai bem. Está cansado? Está tento infecção? Aparecendo manchas roxas no corpo? Está com um gânglio aumentado? Não demore a procurar ajuda médica! Procure um hematologista que vai poder ajudá-lo a descobrir se isso é um câncer ou não e fazer o tratamento adequado.

Campanhas educativas ajudam na luta contra o câncer?  

Com certeza! A população precisa ter acesso à informação que auxilia na luta contra o câncer. Também é fundamental ter um estilo de vida saudável, boa alimentação, fazer exercício físico. Isso pode ajudar a combater não só as doenças do sangue, mas também vários tipos de câncer. E o mais importante: se algo não vai bem, não demore a procurar ajuda! Se teve o diagnóstico de câncer, tenha esperança. O tratamento avançou muito.

 

   


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Vanessa Fernandes

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