No dia 25 de outubro é celebrado o Dia Internacional de Conscientização da Síndrome Mielodisplásica (SMD) ou mielodisplasia, uma das doenças tratadas pela equipe médica do Hemacore – Centro de Hematologia. Leia a entrevista da hematologista Leila Pessoa de Melo e saiba mais sobre esta doença.
O que é Síndrome Mielodisplásica (SMD)?
É um grupo de doenças caracterizadas por um distúrbio na produção normal e função das células do sangue. As células sanguíneas anormais se acumulam na medula óssea (fábrica de sangue) comprometendo sua função que é a produção das células do sangue: hemácias (glóbulos vermelhos que transportam oxigênio), leucócitos (células de defesa) e plaquetas (responsável pela coagulação do sangue).
Como é classificada?
É classificada em primária (não está relacionada a fatores conhecidos), que é maioria dos casos, ou secundária (está associada a fatores específicos, como histórico de tratamentos quimioterápico ou radioterapia prévia ou exposição a substâncias tóxicas).
Quais os principais sinais e sintomas?
Anemia, palidez, fraqueza, cansaço, perda de peso inexplicada, febre constante, infecções de repetição e sangramentos espontâneos.
Pode evoluir para uma leucemia?
Sim, em alguns casos, pode evoluir para uma leucemia mieloide aguda.
Qual o perfil do paciente com SMD?
A doença pode afetar qualquer idade, porém é raro em crianças e jovens, sendo mais comum em idosos.
Qual o tratamento? Tem cura?
O tratamento depende do risco da Síndrome Mielodisplásica evoluir para leucemia aguda. Nos pacientes de baixo risco, vai desde observação ao uso de fatores de crescimento. Nos pacientes de alto risco, pode estar indicada quimioterapia e transplante de medula óssea alogênico. A necessidade de transfusão frequente é comum.